quinta-feira, 22 de maio de 2008

Herança Farroupilha

Porto Alegre e algumas cidades do interior foram locais que sofreram muita influência da maçonaria. Estas eram incentivadoras das idéias liberais e federativas as vésperas do decênio Farroupilha. As lojas maçônicas eram disfarçadas de sociedades literárias , que permitiam o desenvolvimento de um trabalho dominado pelas idéia s liberais dos seus membros que agiam na política riograndense . As lojas de maior prestigio estavam em Porto Alegre , Rio grande e Rio Pardo. Uma das mais influentes foi a sociedade " Filantropia e Liberdade " , sendo um de seus organizadores José Mariano de Matos . O periódico que editava chamava-se " Continentino ". A ela também pertenceu "Padre Caldas ". Um dos participantes da " Confederação do Equador " em 1824 em Pernambuco , que teve parte ativa na agitação e intranquilidade na Província de 1834 a 1835 , quando pregava abertamente as idéias republicanas . Nas cidades de Pelotas , Rio Grande , Rio Grande , Rio Pardo e Jaguarão esta sociedade tinha o nome de "Sociedade Defensiva da Liberdade e Indepêndencia Nacional "Através de representações teatrais , leituras também editavam jornais , para atingir a opinião publica .Os membros das casas maçonicas aliados ao clero prepararam a insatisfação e a luta ao poder constituído que era excessivamente centralizador , não permitindo que as províncias resolvessem seus próprios problemas , principalmente os economicos. A influência da maçonaria notasse no escudo Farroupilha , que tem ao centro em fundo azul , duas colunas do templo maçonico que representam " Os dois príncipios que produziram o mundo " o Bem eo Mal -a Luz e as Trevas - O fogo e a Agua _ A Razão e a Fé .O lenço Farroupilha que trazia o Brasão da República Riograndese foi desenhado originalmente pelo "padre Hildebrando " e em arte final pelo major Bernardo Pires , que fez toda uma alegoria maçonica ao executar a obra . Tudo isto foi feito na Filadélfia que era na época , o "Centro da maçonaria revolucionária ". Naquela guerra os Farroupilhas ao proclamarem a República Riograndense , arvoraram como bandeira um pavilhão quadrado onde figuravam as duas cores brasileiras , o verde e o amarelo separados pelo vermelho da guerra.
No ano de 1825 chegava ao RS o primeiro pastor protestante com uma formação teológica completa, Friedrich Cristian Klingelhoffer, que com seus próprios recursos e apoio da família construía "o primeiro templo no sul do Brasil”, a margem direita do Rio dos Sinos, precisamente em Campo Bom, em meados de 1830. Isto nos revela que o RS foi a porta de entrada dos primeiros protestantes em território nacional. Apesar deste dado significativo amargamos o índice de menor crescimento de igrejas evangélicas da nação . A verdade é que fatores históricos, geográficos, culturais e até mesmo filosóficos contribuem para tal estatística. De um lado temos o zelo extremado do povo gaúcho por sua tradição e sua cultura, por outro a satanização da mesma que é pregada por algumas denominações tradicionais, ferindo a natureza nativista da alma gaúcha. Alma que entende que a defesa as tradições e a cultura é uma questão de orgulho e honra, num estado com características distintas de toda a federação. Agindo assim a igreja evangélica tradional tornou-se uma ameaça quando se colocou contra tudo que fosse ligado a tradição do RS. A maior contradição e porque não dizer enorme absurdo é quando vemos que igrejas onde outrora seus missionários fundadores fizeram uso desta mesma cultura e tradição como ferramenta na estratégia de criar pontes entre o povo e ela alcançando dezenas de milhares de gaúchos, proibirem costumes sadios como o uso da pilcha (bombacha, lenço, botas e etc...) em suas congregações aniquilando assim sua própria história com radicalismos sem fundamentos bíblicos para tal.

Graças a Deus que esta soprando um vento de avivamento que nos traz a renovação da mente e um novo tempo para a igreja no Rio Grande do Sul.

Agora chegou nossa vez podemos proclamar: ”Jesus é o Senhor destes pagos!”.